41ème Rencontre Ipse de Lisbonne : adapter le modèle social européen aux grandes mutations

 * Abaixo se encontram a versão portuguesa *

 

 

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COMMUNIQUE DE PRESSE

 

La 41ème Rencontre Ipse, organisée par l’Institut de la protection sociale européenne – Ipse, en partenariat avec l’association mutualiste Montepio, s’est déroulé les 23 et 24 avril derniers à Lisbonne. Cette Rencontre a permis d’apporter des réflexions et des débats autour des mutations auxquelles l’Europe est confrontée. Elle a esquissé des voies à emprunter pour adapter voire promouvoir le modèle social européen dans un cadre de modernité et de solidarité développée.       

 

La société contemporaine dans laquelle nous évoluons ne cesse de se complexifier et de se fragmenter. L’Union européenne (UE) pousse à une compétitivité toujours plus forte et instaure progressivement une concurrence exacerbée entre les Etats membres, au détriment de la solidarité. A cela s’ajoutent les conséquences des politiques d’austérité, du déclin du capital social en Europe ainsi que de la perte de confiance dans les institutions dans la plupart des Etats membres.   

 

Il devient urgent de sensibiliser pour mobiliser les citoyens en les replaçant au cœur d’un projet européen faisant toute sa place aux valeurs de justice et à la responsabilité sociale. Le dialogue social a à ce titre toute son importance, à condition que les partenaires sociaux parviennent à en offrir une vision plus constructive. A l’inverse d’une concurrence accrue, l’Union européenne devrait pour sa part davantage protéger les compétences sociales des Etats membres et porter au plus haut les concepts de développement humain et individuel dans un cadre collectif, en prônant notamment la redistribution à travers une politique accrue de sécurité sociale en lien avec la sécurisation des parcours professionnels.

 

Les acteurs de la protection sociale ont également un rôle de premier ordre à jouer, mais doivent faire face à de nombreux défis, inhérents notamment à l’itinérance des personnes ou encore à la numérisation de leur secteur. Si la question du détachement des travailleurs n’est pas nouvelle en matière de dumping social, elle nécessite d’instaurer un contrôle plus poussé garantissant de manière enfin efficace les droits sociaux des travailleurs partout en Europe. Quant à l’expansion du numérique et des réseaux sociaux dans le secteur assurantiel, elle doit conduire les acteurs de protection sociale à repenser le sens et le rapport à l’usager.

 

Enfin, dans un souci de dépassements des frontières, le partenariat tend à devenir une condition essentielle d’adaptation des entreprises de la protection sociale solidaire dans ce nouveau paysage européen. Cette coopération accrue est nécessaire, tant entre ces entreprises qu’avec d’autres acteurs couvrant le champ social (partenaires sociaux, institutions, etc.). Si des outils au niveau européen, notamment juridiques, comme un statut pour les mutuelles européennes, sont souhaitables pour favoriser le développement et le partenariat des entreprises de l’économie sociale, ces acteurs ne doivent toutefois pas attendre leur création pour coopérer dès aujourd’hui, co-construire et jouer leur rôle de bâtisseur d’une Europe plus sociale.  

                                                                                                                              

 L’Ipse publiera en septembre 2015 les actes de la 41ème Rencontre Ipse rassemblant l’ensemble des interventions de cette manifestation.

 

 

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img_2-6858_drapeau_portugalCOMUNICADO DE IMPRENSA                                                  

41º Encontro Ipse de Lisboa: adaptar o modelo social europeu às grandes mutações

 

 

O 41º Encontro Ipse, organizado pelo Instituto da proteção social europeia – Ipse, em parceria com a associação mutualista Montepio, decorreu nos passados dias 23 e 24 de abril em Lisboa. Este Encontro permitiu promover reflexões e debates sobre as mutações com as quais se confronta a Europa. Este delineou caminhos a seguir para adaptar, e até mesmo promover, o modelo social europeu num contexto de modernidade e de solidariedade desenvolvida.      

 

A sociedade contemporânea, na qual atuamos, torna-se cada vez mais complexa e fragmentada. A União Europeia (UE) conduz a uma competitividade cada vez mais forte e instaura progressivamente uma concorrência exacerbada entre os Estados-Membros, em detrimento da solidariedade. A isto juntam-se as consequências das políticas de austeridade, do declínio do capital social na Europa, bem como a perda de confiança nas instituições na maior parte dos Estados-Membros.  

 

Torna-se urgente sensibilizar para mobilizar os cidadãos, reposicionando-os no centro de um projeto europeu dando o devido lugar aos valores de justiça e à responsabilidade social. O diálogo social tem, a este título, toda a sua importância, desde que os parceiros sociais consigam oferecer uma visão mais construtiva. Ao contrário de uma concorrência crescente, a União Europeia devia por seu lado proteger ainda mais as competências sociais dos Estados-Membros e elevar ao máximo os conceitos de desenvolvimento humano e individual num contexto coletivo, defendendo, nomeadamente, a redistribuição através de uma política crescente de segurança social em ligação com a segurança dos percursos profissionais.

 

Os atores da proteção social têm também um papel fundamental, mas devem fazer face a numerosos desafios inerentes, nomeadamente, à itinerância das pessoas ou ainda à digitalização do seu sector. Se a questão do destacamento dos trabalhadores não é nova em matéria de dumping social, ela precisa de instaurar um maior controlo garantindo, de maneira finalmente eficaz, os direitos sociais dos trabalhadores em toda a Europa. Quanto à expansão da digitalização e das redes sociais no sector dos seguros, esta deve levar os atores da proteção social a repensar o sentido e a relação com o utilizador.

 

Por último, tendo em vista a superação das fronteiras, a parceria tende a tornar-se uma condição essencial de adaptação das empresas da proteção social solidária neste novo cenário europeu. Esta cooperação crescente é necessária, tanto entre estas empresas como com outros atores abrangendo o campo social (parceiros sociais, instituições, etc.). Se são desejáveis ferramentas a nível europeu, nomeadamente jurídicas, como um estatuto para as associações mutualistas europeias, para favorecer o desenvolvimento e a parceria das empresas de economia social, estes atores não devem contudo esperar pela sua criação para desde já cooperar, co-construir e desempenhar o seu papel de construtor de uma Europa mais social. 

                                                                                                                              

 O Ipse publicará em setembro de 2015 as actas do 41º Encontro Ipse reunindo todas as intervenções deste evento.

 

Press release also available in English